Sem a possibilidade de empate ou disputa nos penaltis, é iniciado o jogo mais importante na vida dos brasileiros: escolher quem serão seus representantes no exercício do poder.
É chegado o momento da escalação desse time que não pode se contentar com a medalha de prata. As vagas em disputa para alcançar o ouro são para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.
Tal como acompanhou de perto a seleção do Felipão, o povo deverá estar atento a movimentação daqueles que se apresentam como dignos do voto de quem não foge à luta. Importante observar aqueles que, de largada, já estão marcando “gol contra”, assim como estar atentos naqueles que pouco ou nada fizeram em jogos anteriores.
Otimismo e esperança devem substituir o dogma de que os políticos são todos iguais e não há expectativa de melhoria. Há sim. Muito se fez durante a adolescente democracia brasileira. Gigante é o número de candidatos barrados pela lei da “ficha limpa”. Aprimorou-se o sistema de controle dos gastos públicos. A transparência vem sendo fomentada e está assombrando os adversários da ordem e do progresso.
Não podemos esquecer que no último mês de junho comemoramos o primeiro aniversário do protesto que levou milhares de brasileiros às ruas, dando mostras que as mudanças virão de baixo para cima. É chegada a hora de uma grande corrente, sem máscara no rosto, para provocarmos a tranformação: não da oposição pela situação, mas da ética pelo desvio, da transparência pelo escuso, da igualdade de oportunidade pelo favorecimento.
Só a vitória interessa e não será admitido qualquer vacilo na escalação pois o jogo, sabemos bem, leva quatro anos para terminar. A responsabilidade é grande e não terminará no primeiro domingo de outubro. Depois da escolha virá a fiscalização e a exigência pelo cumprimento das promessas que impactarão em melhores condições de vida para todos nós que, fartos de tanto desmando da coisa pública e enojados com a corrupção que corrói nossas riquezas, mostraremos àqueles que entrarão nas arenas que estaremos contentes exclusivamente com o lugar mais alto no pódio. Vai Brasil!
artigo publicado no jornal Cruzeiro do Sul, em 11-07-2014.